Localizada no Golfo da Guiné na África Ocidental, a República do Gana é um país com uma população estimada de 28,8 milhões de habitantes, de acordo com dados do Banco Mundial. Situado na linha do equador, o clima característico é equatorial, e o território do país é predominantemente coberto pela savana, por arbustos baixos e planícies cobertas de ervas.
Gana divide-se em 10 regiões: Grande Acra, Central, Alto Oriental, Alto Ocidental, Axante, Região Norte, Brong-Ahafo, Região do Volta, Região Ocidental e Região Oriental. Cada uma tem a sua própria jurisdição, administração e governo regional. O idioma oficial é o inglês, mas é comum que os ganenses falem pelo menos uma língua local em sua região.
Em termos demográficos, o grupo étnico acã é nativo e o maior do país. Estima-se que Gana tenha atualmente 52 etnias e que 45% da população seja acã. Diferente de inúmeros outros países africanos, Gana não sofreu grandes conflitos étnicos que resultaram em guerras civis.
Acra, a capital do país, é também a cidade com a maior extensão, e tem uma população de pouco mais de 2 milhões de habitantes. A cidade foi fundada em 1877 após a união de três antigas aldeias em torno de fortes contruídos por europeus como forma de fortalecer o comércio de escravos. Na capital, estão localizados os principais órgãos do governo e os maiores bancos e indústrias do país, o que a torna o centro econômico de Gana. Considerada uma das metrópoles mais populosas de todo o continente, Acra apresenta uma taxa de crescimento acelerado, atingindo uma média anual de 3,36%.
Na década de 1970, Gana passou por uma dura fase de estagnação econômica, devido ao forte declínio da industrialização das regiões urbanas e da atividade agrícola nas comunidades rurais. Por outro lado, esse movimento impulsionou a imigração para a região metropolitana de Acra de cidadãos em busca de um centro comercial, educacional e administrativo que pudesse proporcionar maiores oportunidades.
Historicamente, Gana foi o primeiro país africano a conquistar sua independência da Grã-Bretanha, no dia 6 de março de 1957. A partir de então, o país sofreu golpes militares e passou por diferentes fases da democracia. Porém, desde 1993, o regime existe sob a forma de república presidencial e permanece estável. O Parlamento e o Presidente são eleitos pelo povo, por meio de eleições diretas, para cumprimento de mandato de 4 anos. Aprovada em 1992, a Constituição de Gana define os princípios políticos fundamentais, enuncia os direitos e deveres dos cidadãos e garante à população a liberdade de formar e reunir sindicatos e partidos.
Gana é um país conhecido pela sua variada vida selvagem, praias isoladas e fortes antigos. A extração de recursos naturais e a agricultura são a base da economia. Os principais itens exportados são ouro, cacau e madeira. A atividade agrícola é responsável por mais de 50% do produto interno bruto do país, e coloca Gana como um dos países mais ricos da África tropical. O cacau e o abacaxi são os produtos com maior índice de exportação, seguidos pelo café e banana. Por ser um país rico em recursos minerais, Gana tem como uma de suas principais atividades econômicas a mineração, e explora recursos como diamante, bauxita e manganês, além do ouro.
O sistema educacional de Gana é regulamentado pelo Ministério da Educação local. Até o ano de 1986, as atividades educacionais obedeciam a estrutura do antigo poder colonial da Grã-Bretanha. No entanto, o sistema foi alterado e, atualmente, Gana é marcada por uma fase de expansão contínua na educação. De fato, na década de 1990, o governo destinou 7% do total de seus gastos à área. De acordo com estimativas publicadas em 2015, a taxa de alfabetização da população de adultos alcançou o patamar de 76,6%, e a educação escolar atinge praticamente todas as localidades.
Na área da saúde, os cuidados são baseados em dois pilares, sendo um representado por organizações internacionais e estatais que buscam proporcionar melhores condições de saúde à população ganense, e o outro pilar representado pela prática da medicina tradicional. O cuidado materno vem melhorando, a taxa de mortalidade infantil está em declínio e estima-se que 80% da população nacional tenha acesso às vacinas. A partir da década de 1980, a saúde passou a ser pauta de reuniões políticas e econômicas, e o impacto positivo das ações que passaram a ser tomadas reflete no aumento da expectativa de vida das pessoas.
Devido ao clima tropical, doenças como a malária e febre amarela são casos constantes de problemas de saúde pública no país. A malária é uma das principais causas de óbitos, e responsável por 40% do total de internações de Gana. Além disso, a cólera, tuberculosa, hepatites A e B, poliomielite e esquistossomose são também bastante comuns e exigem atenção.
Quanto à religião, tem-se o cristianismo como a crença predominante. A vestimenta tradicional ganesa é denominada kente, tecido feito à mão em tear de pedal horizontal, e unido a tiras que são costuradas em pedaços maiores de roupas para compor os trajes tradicionais da população. O tecido está disponível em diversas cores, desenhos e tamanhos. Cores e símbolos diferentes têm significados distintos, e a vestimenta geralmente é utilizada também em cerimônias religiosas de grande importância e em ocasiões sociais.
Ao leste do país, encontra-se o lago Volta, o maior lago artificial do mundo, o qual se estende ao longo de uma área de 8502 km2. O lago foi formado em 1965 após a construção da barragem de Akosombo, responsável por gerar eletricidade para o país. Além disso, a região se tornou um importante centro para atividades como irrigação, aquacultura e turismo. Por fim, destaca-se que Gana foi denominado pelos ingleses durante o período colonial como “Costa do Ouro” devido à riqueza local de ouro acã. Explorado como colônia ao longo de anos, a independência do Reino Unido em 1957 marcou a escolha de um novo nome, Gana, que significa “guerreiro”, que reflete o antigo Império do Gana, o qual dominou a África Ocidental na Idade Média.